Entre Sentidos e Palavras: A Jornada da Escrita

Desde a adolescência, a escrita sempre foi minha companheira. Quando eu precisava entender o que se passava dentro de mim, era para o papel que eu recorria. Sem computador naquela época (já entregando a idade), minhas emoções e pensamentos eram desenrolados em folhas, usando canetas coloridas, aquelas de glitter que tanto amava. A escrita era uma forma de ajustar o que sentia, de processar o que vivia. Até hoje, sentar com lápis e papel traz uma sensação única, quase mágica – uma experiência que nem o teclado consegue substituir.

Lembro-me de anotar frases de livros que me marcavam, registrando-as em papéis de carta e folhas decoradas. Era minha maneira de trazer para perto tudo o que me tocava. A arte sempre fez parte de mim, fosse escrevendo, desenhando ou cantando. Mesmo que algumas dessas expressões tenham ficado pelo caminho ao longo dos anos, percebo que a sensibilidade que elas despertavam permanece. A arte, de algum modo, ainda me habita.

Agora, ao iniciar este blog, sinto que estou voltando a esse espaço interno, reconectando-me com a alegria de expressar e compartilhar. Dar vida a esse projeto é um ato de coragem, mas também um presente para mim mesma. Quero que este seja um espaço onde posso explorar, refletir e trazer um pouco de cada sentido que me toca.

É por isso que escolhi chamá-lo de Entre Sentidos. Esse nome reflete o propósito deste blog: um espaço entre o que sentimos e o que somos capazes de transformar a partir disso. É como um convite para transitar entre as percepções e as emoções que a vida desperta, um lugar para experimentar a beleza e a complexidade de tudo o que se passa dentro de nós. Aqui, quero explorar esses entre-lugares, os momentos em que nos encontramos e nos perdemos, e aqueles em que nos transformamos.

No Entre Sentidos, cada texto será uma ponte entre o que vivi, o que senti e o que talvez você também já tenha experienciado. Quero que seja um espaço para acolher as nuances, as dúvidas, e as reflexões que todos nós carregamos. Que seja um convite para perceber, para sentir e, quem sabe, para dar novos significados ao que vivemos.